tag:blogger.com,1999:blog-36337476.post8008845420440767038..comments2023-05-01T11:19:11.131+01:00Comments on A ciência não é neutra: Um Físico português que dá cartas sobre a estranha gravidade do UniversoPinto de Sáhttp://www.blogger.com/profile/07236403685335368416noreply@blogger.comBlogger5125tag:blogger.com,1999:blog-36337476.post-83098040097795558062009-11-15T22:02:19.467+00:002009-11-15T22:02:19.467+00:00Caro Professor,
Reconheço que hoje estou um bocado...Caro Professor,<br />Reconheço que hoje estou um bocado amargo. Deve ser um problema de gravações mal digerido. Isso e reconhecer que talvez esteja na altura de emigrar. Seja como for peço-lhe desculpa e a sua indulgência, mas às vezes é mesmo difícil suster o vómito...<br />Cordialmente,<br />CTAAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-36337476.post-49545333669405672632009-11-15T12:12:11.806+00:002009-11-15T12:12:11.806+00:00CTA:
Não tenho nenhuma função de gestão na Univers...CTA:<br />Não tenho nenhuma função de gestão na Universidade. Nunca tive. Prefiro o contacto com a realidade fora da Universidade.Pinto de Sáhttps://www.blogger.com/profile/07236403685335368416noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-36337476.post-26342877690452383972009-11-15T11:47:45.777+00:002009-11-15T11:47:45.777+00:00Caro Professor,
A sua resposta é coerente com o e...Caro Professor,<br /><br />A sua resposta é coerente com o espírito subjacente – penso eu – à iniciativa que o levou a abrir o blog; e sobre isto, aproveito para agradecer a partilha do conhecimento na área da energia, que tem feito com quem o lê. Admito que, baseado no mesmo espírito, seja coerente na forma como gere o seu Departamento no Técnico. Mas por favor, no País da cunha e do compadrio, não generalize a sua própria correcção e civilidade, mesmo no Técnico! Em 1980 a professora das aulas teóricas de Álgebra considerava que o 0 era um número positivo!... e fico-me pelas primeiras semanas do 1.º ano…<br /><br />Cordialmente,<br /><br />CTAAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-36337476.post-55091898353514301892009-11-09T00:54:31.067+00:002009-11-09T00:54:31.067+00:00Caro CTA,
Concordo em parte consigo, discordo tamb...Caro CTA,<br />Concordo em parte consigo, discordo também em parte.<br />Começando pela discordância: o ECDU (Estatuto da Carreire Docente Universitária) português sempre previu meios de avaliação dos professores, ao contrário do da outras carreiras docentes.<br />Um docente começa(va) por ser contratado como estagiário e, num prazo máximo de 12 anos, se não se doutorasse era despedido. Agora, com o novo ECDU de Mariano Gago, já só pode ser contratado com o doutoramento, embora o "novo" doutoramento bolonhês não valha mais, de facto, do que um Mestrado de há 25 anos.<br />Depois de contratado, o Prof (Auxiliar) é provido provisoriamente por cinco anos, e só passa a definitivo se a sua prestação for aprovada. E só passa ao quadro quando consegue o lugar de Professor Associado, por concurso e para um número limitado de vagas. Neste sentido, até, o sistema de avaliação proposto pelo Governo para o ensino secundário copia algumas ideias desde sempre existentes no Universitário, como o número limitado de vagas para professor titular.<br />A "conveniência urgente de serviço" não tem o significado que lhe atribui: é um mero expediente administrativo para que um docente contratado possa começar a receber logo o ordenado; sem isso, só poderia receber depois da contratação ser publicada em Diário da República, muitos meses depois.<br />Além destes critérios tradicionais de avaliação, está a entrar em vigor a aplicação de novos critérios, no contexto geral da avaliação da função pública. Isso está precisamente agora em discussão na Universidade.<br />Já concordo mais consigo quanto aos próprios critérios de avaliação. Mas, quanto a isso, penso que o problema central está no facto das universidades melhores serem todas públicas e, como tal, terem a lógica organizacional das burocracias. Neste contexto, só há duas opções: ou a auto-gestão com lógicas corporativistas, ou o controlo pelo Partido no Governo. Apear de tudo prefiro a primeira opção.<br />Mas, claro, preferiria que as Universidades tivessem um lógica mais empresarial - só que isso só não seria pervertido se o próprio país a tivesse. E não tem. A cultura dominante no país, incluindo empresas, é a da dependência do Estado. É assim desde D. João I e traduz-se numa tradição cortesã secular de que não tenho nenhuma esperança de mudança.Pinto de Sáhttps://www.blogger.com/profile/07236403685335368416noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-36337476.post-11570423699080467412009-11-08T21:10:09.171+00:002009-11-08T21:10:09.171+00:00Caro Professor,
Fico satisfeito por saber que há ...Caro Professor,<br /><br />Fico satisfeito por saber que há portugueses que se distinguem no estrangeiro, no exercício de uma actividade profissional ligada à ciência.<br />Infelizmente não acredito que se possa estabelecer uma relação causa efeito, entre o ensino da ciência em Portugal (ou o ensino tout court) e o sucesso do Pedro Gil Ferreira.<br />Permito-me a chamar a atenção, para a autêntica pouca vergonha que são os «concursos públicos» para o preenchimento de lugares nas faculdades estatais. Há cursos onde - provavelmente – todo o corpo docente é constituído por professores nomeados por «urgente conveniência de serviço». Com tanta urgência, dá ideia que o Estado está a precisar de umas saquetas de UL para a regularização do trânsito intestinal… e que o tema seja mais, como diria o Eça, um assunto latrinário do que de ensino.<br />É aliás sintomático que o mesmo Governo que tanto se obstinou em avaliar os professores do ensino secundário, nunca tenha produzido uma linha sobre a avaliação dos professores universitários; que em boa verdade até seria muito simples de fazer: bastava por os ex-alunos a avaliá-los. Já agora, e sobre isto, não tenho dúvidas sobre a nota que o Professor do Técnico Mariano Gago daria ao Ministro Mariano Gago: chumbava-o.<br /><br />Cordialmente,<br />CTAAnonymousnoreply@blogger.com