quinta-feira, setembro 29, 2011

Argentina, um país falido que recupera

Foi ontem inaugurada a 3ª central nuclear argentina, em Atucha, a 115 km de Buenos Aires.
Com um reactor de 700 MW, terá custado cerca de 1,8 biliões de €, o que permite estimar um custo de produção do kWh entre os 4 e os 5 ç. Uma 4ª central nuclear está já em estudo avançado.
A Argentina fez há muito tempo uma aposta em reactores nucleares de água pesada, as quais podem usar urânio natural em vez do enriquecido, embora a experiência tenha mostrado que um ligeiro enriquecimento (de 0,7% para 0,85% de U235) permita aumentar a eficiência da cisão nuclear em 40%.
Curiosamente, quem projectou e construiu a 1ª central nuclear argentina, nos anos 60, e esta agora inaugurada, foi a SIEMENS, que recentemente se converteu ao "greenpeace" e vendeu as suas encomendas e tecnologias à AREVA francesa. Porém, quem tem dominado no mercado mundial a tecnologia dos reactores de água pesada são os canadianos, com os seus CANDU, que foram quem forneceu as centrais nucleares da Roménia e a 2ª central nuclear argentina, mas que para as próximas terão de concorrer em mercado aberto, segundo os planos argentinos.
A construção desta central agora inaugurada esteve parada 15 anos, devido à crise económica argentina que culminou com a bancarrota uma década atrás e de que o país tem estado a recuperar este tempo todo.

2 comentários:

Bruno B Garcia disse...

http://www.presidencia.gov.ar/informacion/actividad-oficial/25425-el-mejor-combustible-que-tenemos-es-el-pueblo-argentino-afirmo-la-presidenta-al-poner-en-marcha-la-central-nuclear-de-atucha-ii

se poder partilhe o link do do discurso da presidente da argentina na

Anónimo disse...

Argentina, Brasil, Islândia... Todos estes países cuja economia recuperou depois da declaração de incumprimento. Porque é que a história destes países não serve de exemplo para outros na eminência de incumprir com as suas obrigações de dívida?