Uma notícia de hoje dá conta que a Coreia do Sul decidiu definir metas de limitação do CO2 emitido para 2020.
A Coreia, que emitia em 2005 11,1 toneladas de CO2 per capita (mais 25% que nós), duplicou as suas emissões nos 15 anos anteriores, sinal do excelente desenvolvimento económico que teve. Notável, para um país que há 55 anos tinha o mesmo rendimento per capita do Gabão!
Segundo a notícia, "O Governo estima que esta meta custará entre 0,3 e 0,5 por cento do PIB e conta reduzir as emissões ao promover os carros híbridos, as renováveis, o nuclear e a eficiência energética."
Alguns ecologistas utópicos pensarão, talvez, que a Coreia assim se sacrifará, gastando uma % do PIB, em prol da salvação do planeta.
Mas há algo que falta à notícia para se ter um quadro mais completo desta aposta coreana.
É que a Coreia do Sul tem em construção, até essa data, 12 centrais nucleares de projecto sul-coreano, e é mesmo hoje em dia um dos únicos 4 países (juntamente com a Rússia, a China e o Japão) capazes de forjarem as gigantescas caldeiras de alta pressão das centrais nucleares com mais de 1 GW!...
Ora sabendo-se como o grande problema económico da energia nuclear é a incerteza quando às taxas de juro e ao preço futuro da energia, este anúncio do Governo sul-coreano é um compromisso de estabilidade para a sua indústria nuclear, sem dúvida uma inteligente opção estratégica na antevisão de que vai haver muita procura internacional para o nuclear e que há agora já poucos que as saibam fazer.
Não nos devemos por isso admirar muito se, um dia destes, além de importarmos Hiunday híbridos, também lhes comprarmos uma centralsita nuclear...
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