É interessante (e triste) verificar que a Comissão Europeia acaba de publicar uma dura crítica ao Plano Nacional de Barragens, centrando-se sobre a (invocada) violação de normas ambientais relativas às águas, mas onde o Plano também "é criticado por não ter apresentado alternativas que permitissem uma mais clara relação entre os custos e benefícios do projecto, pelo que face aos dados disponíveis os autores do relatório consideram que "não se compreende esta decisão" do Estado português".
Exactamente, neste aspecto, isto é o que demonstrei detalhadamente aqui há cerca de dois meses!
No meio da crítica e contra-crítica que de imediato se seguiram, desde ontem, entre nós, os "verdes" no Parlamento criticam o Governo por este não ter preferido apostar no eólico off-shore em vez de nas barragens, não percebendo que o fito das barragens é precisamente o armazenamento da excedentária energia eólica que vamos ter.
E o Presidente do INAG, em resposta, descansou-nos dizendo que o investimento iria ser feito por privados e não pelo Estado, e que se os privados o fariam com certeza era porque os investimentos seriam rentáveis. Esqueceu-se foi de dizer que esses privados, a EDP, a Iberdrola e a Endesa, têm tarifas reguladas pela ERSE e definidas pelo Governo, e que portanto os tais investimentos só serão rentáveis porque o Governo garantiu a sua repercussão no défice e na tarifa que todos nós, consumidores, iremos pagar! Ou seja: os investimentos poderão ser rentáveis para essas empresas; não o serão de certeza é para Portugal e os portugueses!
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