terça-feira, junho 07, 2011

Luta de classes na questão climática

Por intermédio do Ecotretas, soube da Tese de Doutoramento de Daniela Onça, em Geografia Humana, na Universidade de São Paulo.
A tese é "céptica" relativamente à teoria do Aquecimento Global de origem antropogénica, teoria relativamente à qual me considero, no estado actual do conhecimento, agnóstico, mas cuja sacralização pelos novos sacerdotes do Templo climático já aqui denunciei como interesseira, manipuladora e abusiva.
É um trabalho de mais de 500 páginas e ainda não o li, mas uma breve vista de olhos permitiu ver logo que se coloca numa posição de "luta de classes", considerando que a teoria do Aquecimento global de origem antropogénica é uma nova ideologia de salvação do "capitalismo serôdio".
Esta posição não é da Daniela, embora ela cite Kropotkin e lhe dedique um capítulo inteiro e, como lhe suspeitei a origem, fui confirmar nas fontes citadas: e é de facto a teoria defendida desde 1979 por João Bernardo e cujos argumentos científicos até subscrevo (o resto, passo...)!
João Bernardo tem vivido no Brasil nas últimas décadas e sempre foi um revolucionário intelectualmente ambicioso. De facto, pode-se dizer que tomou em ombros a tarefa de rever o marxismo de alto a baixo e não me vou alongar sobre isso, mas apenas manifestar o meu sorriso por ele, que foi meu guru ideológico há 40 anos e que disponibilizou recentemente um espólio dessa época (mas onde não vi registo da crítica "Na via revolucionária" elaborada por "Vicente" e outros em Fevereiro de 1973) ter dado agora origem a estes frutos climáticos :-)) ...

5 comentários:

Anónimo disse...

Entre ecologistas radicais e grandes interesses económicos não compatíveis com o ambiente, algures no meio estará a verdade.
Conhecendo o EcoTretas, o mais provável é este ser mais um dos seus exercícios de "cherry-picking", como o hábito de assinalar cada vaga de frio em pleno Inverno como prova da não existência do aquecimento global.
Com tal fonte facciosa e tudo menos científica, não me passa pela cabeça sequer ler tal estudo.

JPMatos

Anónimo disse...

Viu isto?

http://green.autoblog.com/2011/06/09/mit-students-develop-liquid-fuel-for-electric-cars/

Pinto de Sá disse...

Todas as semanas saiem notícias dessas nos media, que depois morrem na praia, como as ondas...
Mas quanto a essa nova bateria, vale a pena elucidar que:
a) Isso já foi há 2 anos...
b) não foram alunos do MIT, mas sim um Prof. Alunos nestas coisas em que a Engenharia trabalha há mais de um século não inventam nada. Isto não é como ir ao Media Market "comprar tecnologia"!
c) O projecto é financiado pela ARPA, mas nunca mais se ouviu falar dele, como muitas grandes invenções do mesmo género. Há pouco tempo eram uns alemães que tinham inventado uma nova bateria revolucionária. Também nunca mais se ouviu falar deles.
Veja aqui:
http://web.mit.edu/newsoffice/2009/liquid-battery.html

Anónimo disse...

Imaginemos uma caixa paralelepipédica cheia de ar. Na face superior imponhamos como condições de fronteira uma temperatura e um fluxo de radiação; na face inferior impunham-se igualmente como condições de fronteira uma temperatura e um fluxo de radiação. Para simplificar tudo: ambas as temperaturas são fixas, assim como os fluxos de radiação. As 4 faces laterais são isoladas.
Agora faça-se variar a quantidade de CO2 na caixa: desde a percentagem existente na atmosfera terrestre até 100%.
Um doce a quem apresentar resultados laboratoriais – que possam ser reproduzidos - se as leituras da temperatura no interior da caixa variarem com a composição do gás...
;-)))
AM

Anónimo disse...

Uma nota ortográfica : saem e não saiem.

Já basta a confusão do dito Acordo Ortográfico da LP, o malfadado de 1990.

Acontece, bem sei, mas depois de detectado o erro deve ser corrigido, em qualquer contexto em que estejamos.

Um velho amigo e colega do IST.

AV_15-06-2011