Acaba de ser publicada nos EUA uma lei que finalmente, após 30 anos de resistência dos 3 grandes de Detroit, obriga a melhorar o rendimento dos motores dos automóveis americanos: terão, dentro de 6 anos, de só gastar 8 litros aos 100km, o que ainda é mais que o consumo médio dos automóveis na Europa e Japão desde que o choque petrolífero de 1973 induziu o aperfeiçoamento dos motores, em vez dos 10 que ainda gastam presentemente na América. O progresso nos motores tem sido, de facto, extraordinário: o Honda Jazz da minha filha, com os seus 90 cavalos, gasta só 6 litros, enquanto há 30 anos o meu primeiro carro, um pequeno Fiat 126 de 2 cilindros e 23 cavalos concebido antes de 1973, gastava 7...
Como o parque automóvel americano é responsável, só por si, por 1/3 do CO2 emitido pelo parque mundial, esta medida tem um impacto significativo nessas emissões. Além disso reduzirá a procura de petróleo e contribuirá para combater a respectiva alta de preços. Preços que, aliás, há já um ano que estão estáveis quando cotados em USD, mas que quando o câmbio do € subia se mantiveram estacionários por cá, e agora que o € está a desvalorizar têm subido em flecha...
Esta legislação é uma daquelas em que todos ganham.
Entretanto, o Nissan Leaf eléctrico estará brevemente à venda nos EUA. Não vem nada barato, mas pelo menos nos EUA faz publicidade honesta: sobre a sua bateria e a alegada capacidade para 165 km de autonomia: avisa que esta se reduz com o uso do carro (veja o víídeo até ao fim e leia as letras pequeninas). Como as dos portáteis e telemóveis e como eu bem tenho avisado...
A Nissan corre um risco considerável com esta aposta. E não será por acaso que é a Nissan, um fabricante de qualidade mas má estratégia de fabrico que a levou à falência e a ter de se deixar comprar pela Renault quem aposta nesta fuga para a frente. Nem a Toyota nem os outros grandes fabricantes com boa saúde financeira vão nesta fantasia. Esses, apostam é nos híbridos e já há muitos anos! Híbridos que se preparam agora para evoluirem para os híbridos também carregáveis electricamente (Plug-In Hybrid Electric Vehicles = PHEV), que é o que toda a I&D internacional com os pés na terra está a considerar...
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