Dirigente do Manifesto critica cluster eólico
Nos termos do n.º1 do artigo 24.º da Lei n.º 2/99, de 13 de Janeiro, venho requerer a V. Ex.ª a seguinte resposta e rectificação à notícia publicada na edição impressa de O Público, na passada Quinta-feira, dia 8 de Abril de 2010.
O Público considerou que, na Conferência de Imprensa de apresentação do Manifesto para uma Nova Política energética em Portugal, eu teria “desvalorizado o peso económico do pólo industrial eólico criado em Viana do Castelo” considerando-o “um cluster que faz umas montagens”, e afirmado que a Enercon tem um “problema de exportações por um litígio de patentes com a General Electric que a proíbe de exportar para os EUA”.
A resposta que o Público transcreveu do responsável do projecto industrial da Enercon em Portugal, Aníbal Fernandes, a estas minhas alegadas afirmações, foi a de que “não aceita comentários soezes de um ex-PIDE/DG-S” e que a minha pessoa “não merece credibilidade”, mencionando “a minha ligação à polícia política durante o movimento estudantil”, que “considera assumida no livro Conquistadores de Almas publicado pela Guerra e Paz em 2006” de que sou autor.
Ora estas afirmações são difamatórias, porquanto, como o próprio livro citado documenta, fui de facto militante do movimento estudantil há quase 40 anos, mas sem nenhuma ligação à polícia política e, pelo contrário, por causa do que fui preso, torturado, julgado e condenado pela PIDE/DGS em Tribunal Plenário (processo-crime contra a Segurança do Estado nº 76-A/73).
Há 35 anos, durante o PREC, fui vítima pela extrema-esquerda das mesmas falsas acusações agora repescadas pelo Sr. Aníbal Fernandes, conforme é narrado no livro citado, que, ao contrário do afirmado, até inclui cópia das decisões proferidas pelos poderes militares da época que comprovam a falsidade destas afirmações.
José Luís Pinto de Sá, Professor do IST
O texto foi limitado a 300 palavras, nos termos da lei e por exigência do jornal.
1 comentário:
Caro Pinto de Sá,
Parabéns pela lucidez com que tem analizado a nossa (falta de ) política energética.
E pela coragem com que tem denunciado o custo das renováveis, ocultado pela propaganda oficial. Em Espanha, ao contráriode ca´, os media e as entidades oficiais já começam a ganhar consciência do problema.
Ver artigo de hoje no expansion:
"El Gobierno culpa del alza de la luz a las energías renovables" - ttp://www.expansion.com/2010/04/29/empresas/energia/1272576108.html.
Sobretudo agora, face à crise financeira, importa evidenciar o que estas brincadeiras nos custam. E proteger a competitividade da nossa economia.
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