Muita gente pensa nos TGV e vê comboios a andar a alta velocidade e imagina que o essencial, na tecnologia dos TGV, são as locomotivas que os movem e a sua enorme potência.
Mas é um erro.
O essencial nos TGV são as ferrovias, que não podem ter nenhuma irregularidade, nenhum desnível, nenhuma falha, de modo a que os comboios que lá passam a 300 e 400 km/h não descarrilem.
As ferrovias dos TGV são autênticas pistas de aviação, no rigor que tem de ter o seu piso, estreito mas com muitas centenas de km de comprimento a direito, haja vales, montanhas, rios ou cidades! As montanhas têm de ser atravessadas por túneis, os vales têm de ser ultrapassados por pontes, os montes têm de ser aplainados, para que lá passe um TGV. Construir tal ferrovia não tem nada a ver com o tipo de tarefa dos coolies ao construirem o caminho de ferro americano ou dos prisioneiros da Ponte do Rio Kway!
Ou seja: o projecto de um TGV é essencialmente um colossal projecto de engenharia e de construção civil, e não de comboios rápidos!
Estão a ver agora o que há de comum entre o projecto de um TGV, o de um aeroporto e o das auto-estradas?
1 comentário:
Vou tentar adivinhar.... Mota Engil, Mota Engil, Mota Engil, Teixeira Duarte, o BES, a Isabel Santos (mas irá aparecer) etc..
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